A Rússia e a Ucrânia realizam nesta terça-feira, 15, o quinto encontro para negociações de paz. Sem um acordo pelo fim do conflito até este momento, protestos seguem sendo registrados em todo o mundo, inclusive na Rússia, onde há muita repressão do governo de Vladimir Putin. Nesta segunda, 14, uma funcionária da TV estatal russa invadiu o telejornal de maior audiência do país, com uma faixa que criticava a ofensiva militar na Ucrânia. O cartaz exibia as seguintes frases: Não à guerra! Não acreditem na propaganda. Estão mentindo para você aqui. Os russos são contra a guerra”. Na sequência, a rede de TV exibiu uma reportagem, cortando a imagem do estúdio. A funcionária, Mariana Ovysannikova, foi levada para a delegacia. A emissora declarou que abriu uma investigação sobre o incidente.
O brasileiro e professor de línguas Alef Aprígio, que mora em Cazã, na Rússia, avalia que o apoio ou repúdio às ações de Putin se divide entre gerações. “Quem apoia o Putin é a população nascida nos anos 1970. A população mais jovem, que nasceu nos anos 1990, essa população não [apoia], mas reconhece o Putin como um líder grande, que salvou a economia russa do colapso dos anos 1990”, explicou.
*Com informações da repórter Carolina Abelin