Os funcionários da General Motors (GM) no ABC paulista decidiram entrar em greve após não entrarem em acordo com a empresa sobre o reajuste salarial a ser recebido. A reivindicação dos metalúrgicos é por um pagamento de 5% de aumento real mais 10,42% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado até setembro, além de correção do piso salarial, vale-alimentação entre R$ 500 e R$ 1.000, participação nos resultados e adiantamento de 13º salário. Segundo o sindicato, a empresa ofereceu repor o INPC, mas realizando o pagamento somente em fevereiro de 2022, sem retroatividade. Para compensar o intervalo, pagaria um abono de R$ 1.000 ainda neste mês, proposta que não foi aceita pelos trabalhadores.
Uma reunião de três horas realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) entre representantes dos trabalhadores e da montadora terminou sem acordo. O sindicato calcula que 4,1 mil trabalhadores aderiram à greve, que deve prosseguir ao menos até a próxima segunda-feira. Os funcionários só aceitam retomar as negociações se a empresa garantir a renovação do direito à estabilidade de emprego aos metalúrgicos com doenças ocupacionais. O acordo coletivo vigente prevê esse benefício, mas a validade prevista era até 31 de agosto. Caso um acerto não ocorra, uma nova audiência deve ser realizada no TRT-2 na quarta, 6.
Fonte: Jovem Pan