O Ida, furacão que atingiu os Estados Unidos no último domingo, 29, foi rebaixado à categoria de depressão tropical após deixar quatro pessoas mortas em três estados do país. Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, duas pessoas morreram e 10 ficaram feridas após uma estrada desabar no sudeste do Mississipi com as chuvas torrenciais. Na Louisiana, um homem que tentava manobrar o carro no meio de uma enxurrada morreu afogado e em Nova Orleans uma pessoa não identificada morreu após uma árvore cair sobre ela. As projeções dos governadores locais, porém, são de que o número de mortos possa subir, já que parte das cidades estão isoladas por quedas de árvores, enchentes ou destruição de rodovias e há pessoas desaparecidas.
A expectativa da meteorologia local é de que a depressão perca mais potência e se transforme em uma tempestade na quarta-feira. O governo dos EUA afirmou que 200 geradores serão alocados para a região e que “milhões” de refeições e litros de água potável serão distribuídos nos próximos dias. Não há detalhamento sobre a quantidade de pessoas desabrigadas até o momento. O governo de St Bernard Parish, condado no estado da Louisiana, publicou um vídeo mostrando a rapidez com a qual o furacão atingiu alguns pontos da cidade. Nele, é possível ver a diferença no nível da água em um intervalo de uma hora.
Segundo a plataforma PowerOutage.US, nesta terça-feira, 31, mais de 1 milhão de pessoas acordaram sem energia elétrica na Louisiana. No Mississippi, a falta de luz afeta 59 mil pessoas. No estado mais atingido, oito linhas de transmissão foram completamente destruídas e 20 mil pessoas trabalham para retomar o abastecimento no local. A Entergy New Orleans, provedora de energia, afirmou que a retomada total da luz deve demorar. “A operação pode durar muitos dias, já que muitas áreas afetadas estão inacessíveis”, pontuou nota da empresa. Uma das maiores preocupações na região com a falta de abastecimento elétrico é o estado de saúde das pessoas idosas com a perspectiva do aumento de temperatura nos próximos dias. Em pleno verão, o sul dos EUA podem registrar os dias mais quentes do ano.
Fonte: Jovem Pan