Gilberto Gil é personagem central, protagonista e símbolo de vários movimentos e momentos da cultura brasileira. Na maturidade, Gil encara a passagem do tempo com naturalidade. “Você me perguntou qual é o sentido dessa vida toda que eu já tive, 78 anos, enfim, muita coisa, muitas vivências e tal, como é que foi? Foi o que tem que ser, né?”, reflete. Perto de completar oito décadas, ele é um exemplo de vitalidade, influenciando há 50 anos a vida de milhões de fãs por meio da música. Com seu habitual carisma, Gil conversou com a atriz Cissa Guimarães no Fórum da Longevidade, evento realizado pela Bradesco Seguros. Homenageado na edição deste ano, o cantor não se furtou a falar sobre maturidade, longevidade, a importância da família, dos amigos e sobre o momento que estamos vivendo. Em meio às incertezas do momento atual, o cantor e compositor considera que uma das maiores lições da vida é se dar menos importância. “Isso deve fortalecer um silêncio cada vez maior do ego. Um ego que vai silenciando para que a escuta da totalidade da vida e das coisas todas que nos cercam seja mais apurada e intensa. Quanto menos eu, mais tudo, não é?”, afirma Gil. Com oito filhos, dez netos e uma bisneta, Gilberto Gil relaciona a família e os amigos ao ato de dar amor. “O que você pode fazer de melhor nesse sentido é dar o amor. É entregar o afeto mais puro, mais sincero, mais suave. E a amizade, que é uma linha importante que costura essas unidades existenciais todas de filhos e netos e todo mundo.”
Para Gil, as relações sociais estão também diretamente relacionadas à longevidade. “São dois os fatores que caracterizam a ideia da busca pela longevidade. Primeiro: nós precisamos do mundo, queremos existir, enfim, então queremos prolongar. O outro fator é o mundo em nós. Nós queremos prolongar, durar, porque os outros querem. Eles querem que a gente dure. Não só eles, mas nós todos. Porque só temos sentido em conjunto. Uma andorinha só não faz verão.” Essa revolução da longevidade está condicionada a alguns fatores que durante a vida precisam de atenção fundamental. O Fórum da Longevidade reuniu especialistas da área da saúde que trouxeram visões e ensinamentos diferentes sobre como conciliar o momento atual com a busca por uma melhor idade mais ativa. Para o infectologista, Edimilson Migowski, a Covid-19 pode ser contida por meio da redução do risco de contaminação com o uso de máscara, o distanciamento social e a conscientização dos sintomas mais comuns da doença.
Mas é claro que, em meio às inseguranças geradas pelo momento, não só a saúde física pode ficar comprometida, mas também a mental. O psiquiatra Rodrigo Bressan conta que a quebra da rotina é um dos principais influenciadores do aparecimento da ansiedade. “A pandemia ofereceu um desafio para todos nós, e a saúde mental entrou pela porta da frente. Nós temos todos que negociar nossa saúde mental”, orienta Bressan. Para o gerontólogo Alexandre Kalache, a grande solução para a ansiedade vivida pelos idosos durante a pandemia é a resiliência. “A ansiedade tem um peso muito grande na nossa saúde, o que acaba mobilizando as nossas reservas internas (para combatê-la). É aí que criamos a resiliência”, disse. Ao longo do Fórum da Longevidade, outros convidados e especialistas abordaram diferentes perspectivas sobre o tema. A íntegra do evento está disponível no canal da Bradesco Seguros no YouTube. Clique AQUI para assistir.