O Consórcio Amazônia lançou um plano para captar recursos congelados de preservação ambiental. O Plano de Recuperação Verde foi elaborado pelos governos de nove estados da região e pretende captar R$ 1,5 bilhão para realização de projetos divididos em quatro segmentos: freio ao desmatamento ilegal, desenvolvimento produtivo sustentável, investimento em tecnologia verde e capacitação e infraestrutura verde. Segundo o governador do Maranhão, Flávio Dino, atual presidente do consórcio, trata-se de uma ação complementar e independente do governo Bolsonaro. “Não é para agradar ‘país A’ ou ‘país B’, é pelo interesse do Brasil, dos produtos brasileiros, dos produtores brasileiros e da população brasileira que nós precisamos cuidar disso em primeiro lugar”, afirmou Dino.
As propostas não são novas: os planos de fiscalização de florestas ou de criação de peixes já são conhecidos. As fontes dos recursos também já existem. A primeira é a Coalizão Leaf, formada pelos governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Noruega, além da participação de empresas privadas. O grupo foi criado em abril durante a Cúpula do Clima, organizada pelo governo Joe Biden, para financiar o combate ao efeito estufa causado pela emissão de gases. A segunda fonte de recursos do Plano de Recuperação dos governadores da região amazônica é o Fundo Amazônia, mantido principalmente pelo governo norueguês. O fundo foi congelado pelo Governo Federal depois de questionamentos feitos pelo então ministro do meio ambiente, Ricardo Salles. Salles acusava o fundo de sustentar organizações não-governamentais de esquerda.
*Com informações da repórter Letícia Santini
Fonte: Jovem Pan