O governador de São Paulo, João Doria, quer que a Cinemateca Brasileira seja administrada de forma conjunta pelo Estado e pela Prefeitura da capital. Em coletiva de imprensa, o tucano afirmou que vai formalizar a proposta ao Ministério do Turismo na próxima segunda-feira, 2. Há quatro dias, um incêndio destruiu um galpão da Cinemateca, na Zona Oeste de São Paulo. O prefeito da cidade, Ricardo Nunes, afirmou ter solicitado novas vistorias no galpão incendiado e na sede da Cinemateca, na Zona Sul da cidade. “Tendo em vista tudo que aconteceu, eu liguei ontem para a secretária Elza Paulino e pedir que a nossa Defesa Civil fizesse uma vistoria não só lá no local por causa do acidente, mas também na Vila Mariana onde tem o maior acervo. Nós vamos, também, atuando para fazer uma prevenção de como está aquele espaço, inclusive, com a relação à segurança de todo aquele acervo. Eu devo receber o relatório nos próximos dias e também estamos atentos à prevenção de possíveis problemas”, disse o prefeito.
Segundo Nunes, deixar a Cinemateca sob gestão paulista era o sonho de Bruno Covas, prefeito da capital falecido em maio. João Doria diz que o patrimônio será melhor administrado se sair das mãos do governo federal. “Nós já havíamos feito essa manifestação e agora vamos formalizar na segunda-feira ao governo federal. A Cinemateca, aliás, há muito tempo já deveria ter sido transferida para a gestão ou do município ou do Estado. Agora, dado a circunstância, se justifica ainda mais que seja transferida para a gestão. Ela está aqui, ela é ente público-cultural muito presente na vida da cidade e do Estado de São Paulo, embora ela atenda todo o país, mas aqui, eu posso lhe assegurar, nós cuidamos da cultura melhor que o governo federal”, argumentou Doria. As declarações foram feitas durante a reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, que aconteceu neste sábado, no Centro de São Paulo. O evento também contou com a presença de autoridades internacionais como o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e os ex-presidentes brasileiros Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
Fonte: Jovem Pan