Governo não trabalha com hipótese de racionamento, afirma Bento Albuquerque

Bento Albuquerque garantiu que o governo federal não trabalha com a hipótese de fazer racionamento frente à crise hídrica vivida no Brasil

A discussão sobre o possível racionamento de energia segue na pauta de Brasília. Nesta quarta-feira, 23, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu que o governo federal não trabalha com a hipótese de fazer racionamento frente à crise hídrica vivida no Brasil. A afirmação ocorreu durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. “Nós não trabalhamos com a hipótese de racionamento. Isso nós temos procurado deixar bem claro. E isso não trabalhar com a hipótese não é porque não queremos, é porque nós monitoramos o setor elétrico brasileiro 24 horas por dia, 365 dias por ano”, afirmou na ocasião.  O que ocorre no Planalto é a redação de uma Medida Provisória para ampliar os poderes da pasta de Bento Albuquerque  na gestão dos recursos hídricos brasileiros, o que inclui os reservatórios das hidrelétricas. Estaria previsto um comando para permitir ao governo o racionamento compulsório de energia. No entanto, esse parágrafo deve ser retirado do texto final, que ainda não tem data para ser publicado.

Na audiência da Câmara, o ministro também falou sobre as bandeiras tarifárias, confirmando que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve anunciar o reajuste em alguns dias. A direção da entidade já adiantou que o aumento passará dos 20% na bandeira vermelha patamar 2. O ministro da economia, Paulo Guedes, também comentou o assunto nesta quarta-feira. Em reunião com membros da Fiesp, ele afirmou que a aplicação de novas bandeiras tem foco em evitar o racionamento, mas não detalhou se haverá novo patamar. “A nossa inflação deu um salto, está indo a 8%, oito e pouco nos últimos 12 meses exatamente por comida e energia. Energia porque agora estamos vindo com bandeiras novas para evitar o racionamento lá na frente está havendo uma racionalização no uso agora e isso é um choque. É um choque na energia e alimentos”, afirmou. Guedes também disse que o saldo da privatização da Eletrobras é “vastamente positivo”, mesmo com críticas ao formato aprovado. O Ministério de Minas e Energia estima que a redução média nos preços ao consumidor seja de 6,3%.


Fonte: Jovem Pan

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