O governo federal começa a se articular para tentar evitar um colapso no funcionalismo público. Os analistas e auditores da Receita Federal lideram um movimento que pressiona o governo por mudanças no orçamento que reservou R$ 1,7 bilhão para conceder reajustes à Segurança Pública. O presidente Jair Bolsonaro tem afirmado que o recurso para o reajuste ainda não está vinculado a nenhuma categoria e disse que é possível fazer novos reajustes. O deputado Coronel Tadeu admitiu em entrevista à Jovem Pan que o valor reservado para o ano que vem é insuficiente para garantir reajustes para mais de uma categoria. “Acredito eu que seriam necessários R$ 3 bilhões para atender os profissionais da segurança pública e também os auditores da receita. Não tem esse espaço. Agora, para onde tem? Porque a gente vai ter que tirar esse dinheiro de algum canto”, afirmou. O deputado também avaliou que o governo precisa começar imediatamente as negociações para evitar maiores prejuízos com as paralisações dos auditores.
“Agora temos essas demandas para atender, que são demandas importantes. Afinal de contas, são duas carreiras praticamente importantíssimas para os pilares de um Estado, que são justamente aqueles que combatem a sonegação e os policiais que estão 24 horas por dia atrás de toda a sorte de crimes. Então acredito que o governo tem que começar a conversar a partir da segunda-feira para não deixar que os prejuízos sejam grandes com a parada dos auditores”, pontuou. O presidente Jair Bolsonaro sinalizou que pode atender a demanda dos auditores da Receita Federal, mas disse que isso depende do aval do Ministério da Economia. Bolsonaro confirmou que tem uma reunião marcada com Paulo Guedes para tratar do bônus de eficiência solicitado pelos servidores da Receita. Os auditores afirmaram que só retomarão as atividades quando o governo assinar um decreto regulamentando o bônus de eficiência para a categoria.
*Com informações da repórter Iasmin Costa
Fonte: Jovem Pan