O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) falou nesta quinta-feira, 21, sobre a reeleição de Jair Bolsonaro e sobre uma possível candidatura do general Hamilton Mourão ao Senado Federal. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o filho do presidente afirmou que, apesar de ser natural que a chapa presidência se repita em uma possível reeleição, acredita que Mourão pode somar mais ao projeto político de Bolsonaro se concorrer a outro cargo. “Acham natural que se repita a mesma chapa. ‘Por que não coloca o mesmo vice? Não deu certo?’ Não é isso”, diz Flávio. “Penso que ele pode ter um projeto político que acaba ajudando mais nessa composição da nossa possível candidatura em 2022 concorrendo a outro cargo do que na figura de vice-presidente”, justifica.
Para o parlamentar, o general pode ser bem-visto como um candidato ao Senado pela sua proximidade ao presidente e pelo seu perfil apaziguador. “Eu percebo que o vice-presidente Mourão tem uma pretensão política de talvez concorrer ao Senado em algum lugar. Acho que ele é um grande nome, um bom quadro e que traz essa marca do eleitor enxergá-lo como alguém que é do Bolsonaro, e é mesmo. Pela figura, pela sua história de ser um militar, um general e por ser uma pessoa que não entra em tantas ‘bolas divididas’ como entra o presidente Bolsonaro. Então ele carrega menos essa resistência do voto em muitos lugares. Acredito que pode ser um nome forte para o Senado”, avalia o parlamentar.
Sobre o nome para vice-presidência em 2022, Flávio explica que esse deve ser o último detalhe a ser definido pelo seu pai. “O vice é a última coisa que se decide, até porque, até a iminência da eleição, não sabemos quais são os partidos que vão estar na composição [da candidatura], que influencia diretamente na escolha do vice, que pode ter que se filiar a um partido da base ou já ser de um partido da base. Por enquanto eu não vejo nenhum nome com o martelo batido”, pondera. O filho, no entanto, criticou a demora de Bolsonaro para definir um partido para disputar a eleição presidencial. “Acho que nós estamos atrasados nessa tomada de decisão. O presidente tem conversado muito com diversas lideranças políticas e se eu fosse chutar algum partido, eu ficaria entre o PL e PP”, aponta o senador.
Fonte: Jovem Pan