Tido por muitos como um dos principais responsáveis pelo ressurgimento do gênero de terror no topo das paradas, com filmes como “Atividade Paranormal”, “Corra” e “Infiltrado na Khlan” no currículo, o produtor Jason Blum falou à Jovem Pan sobre o novo capítulo da franquia Halloween, que chegou aos cinemas nesta quinta, 14. Ele diz que gosta de chamar Halloween de o “James Bond das franquias de terror” por conta da longevidade e do número de filmes sob o mesmo título. “Eu acho que isso acontece, porque, quando o John Carpenter inventou o Michael Myers, ele o fez de uma maneira perfeita. Ele não tomou a decisão baseado em dados ou com muitas opiniões. O personagem ganhou vida muito rapidamente e, assim, ele acabou criando a versão definitiva do mal, que resistiu ao teste do tempo por 40 anos, e eu acredito que vai seguir por pelo menos outros 40, se não muito mais.”
Conhecido também por incorporar críticas e reflexões sobre a sociedade moderna em seus longas, Blum comentou que sempre instrui os cineastas que trabalham com ele a priorizar o terror. “Eu falo: ‘Você tem que fazer um filme de terror assustador e divertido. Porque, se você não fizer isso, ninguém vai ouvir qualquer outra coisa que tenha a dizer’”, revelou. O produtor ainda contou que gosta de acompanhar as reações da plateia enquanto assistem a um de seus filmes: “Eu amo entrar em um cinema e assistir às pessoas pularem de susto e ficarem com medo, mas também há algo extremamente prazeroso em conseguir encaixar, nos nossos filmes, um pensamento mais profundo sobre a sociedade em que vivemos. Esses dois aspectos satisfazem partes diferentes dentro de mim, e é engraçado que você não consegue ter um sem o outro. Se as pessoas não estiverem pulando nas cadeiras, elas não vão ver o filme e, com isso, não vão ouvir a mensagem”.
Fonte: Jovem Pan