O caso de agressão envolvendo o ator Henri Castelli ainda é uma incógnita. A versão contada pelo artista é totalmente diferente da apresentada pelos supostos agressores, Bernardo Malta e Guilherme Aciolly. Em entrevista a Jovem Pan, o advogado que responde pelos acusados, Lucas Doria, desmentiu a versão contada por Henri em sua primeira entrevista após o caso se tornar público, que foi exibida no “Fantástico” na noite do último domingo, 17. O advogado criminalista enfatizou que o ator já contou quatro versões diferentes do que teria acontecido na noite da agressão, que ocorreu no dia 29 de dezembro, mas só foi exposta pelo artista dias depois. Na atração dominical da Globo, Henri chorou, disse que estava precisando de acompanhamento psicológico e falou que apanhou por cerca de cinco segundos sem ter revidado ou começado a briga. Lucas tem outra versão: “O Guilherme contou ao delegado que quando deu o soco no Henri, ele não virou as costas e foi embora, ele foi para cima. Eles caíram no chão e foram separados. O Henri mesmo fala na entrevista do “Fantástico” que foram cinco segundos. Do soco ao chão dá uns cinco segundos, seria basicamente isso. Não foi nada arquitetado. Eles brigaram entre eles”.
No dia 29 de dezembro, Henri estava em Alagoas e participou de uma festa em uma boate próxima a Maceió que teve uma apresentação da Banda Eva. Depois do show, ele teria seguido para outra festa em Barra de São Miguel e lá ele encontrou Bernardo, que é dono da boate em que Henri estava. Segundo o ator, o empresário questionou por que ele tinha deixado o show da Banda Eva para ir para a outra festa e ele teria respondido que o show já havia terminado. O protagonista de “Flor do Caribe” afirmou que depois disso ele não lembra mais de nada. Além disso, ele negou que tenha dado o soco em Guilherme e disse que não ganhou ingressos de Bernardo para o show. O advogado dos acusados de agressão garantiu que Henri estava alterado e começou a briga. Ele também deu detalhes do estado emocional do seu cliente, enviou a Jovem Pan prints que indicam que os ingressos foram pedidos pela assessoria do artista e ainda falou sobre o fato do delegado do caso, Fabrício Nascimento, ter dito ao “Fantástico” que, mesmo que Henri tenha começado a briga, a agressão foi desproporcional. Lucas explicou que caso seu cliente seja realmente indiciado pelo crime de lesão corporal grave, ele vai tentar a absorção alegando legítima defesa.
Confira a entrevista completa com o advogado Lucas Doria:
Por que acredita que o ator Henri Castelli demorou para tornar essa história pública? Não tem uma explicação, temos algumas presunções. Aconteceu o fato e no dia seguinte ele foi a Santa Casa aqui de Maceió. O médico que atendeu ele, o doutor Edmundo Melo, disse que poderia operar ele. Seria uma cirurgia de aproximadamente 30 minutos e o pós-operatório seria de cinco a 10 dias. Era um procedimento simples, mas ele optou por não operar, apenas fazer um ajuste na mandíbula e continuou a vida. No dia seguinte, ele estava assistindo jogo do São Paulo, foi a um bar chamado Maria Gorda e lá ele ficou tomando cerveja, como se estivesse bem, se nada estivesse acontecido. Acredito que quando ele voltou a São Paulo, a fratura tinha se agravado um pouco e fez a cirurgia. E se valendo do rosto inchado do pós-operatório, ele gravou o vídeo que chocou nas redes sociais.
Qual sua opinião sobre a versão da história contada pelo ator? Primeiro ele falou nas redes sociais que tinha machucado a mandíbula na academia. Depois ele disse que estava sentado na festa mexendo no celular quando foi agredido. Na polícia, quando ele foi ouvido dois dias depois do fato, ele disse que não lembrava de nada. Já ontem, no “Fantástico”, ele chorou muito, mas já não fala mais que estava sentado e foi agredido por trás, ele mudou a história de novo. Ele disse que chegou a Barra de São Miguel e o dono da festa em que ele estava não gostou do fato dele ter saído da festa cedo. É algo sem pé nem cabeça, algo fantasioso e a quarta versão que ele conta do fato. Fica estranho.
E qual a versão dos seus clientes? Ela segue igual? Desde o começo a gente fala a mesma coisa. Ele estava em uma festa no interior. No dia anterior, o Bernardo cedeu sua lancha para ele, toda a estrutura para ele usufruir na nossa cidade. Já no dia da festa, ele estava alterado, de alguma forma muito excitado, transtornado, não posso afirmar o porquê ele estava com esse comportamento. Ele estava violento e agressivo [quando conversaram sobre a festa]. Ele [Bernardo] disse para o Henri que não podia fazer nada se ele não tinha gostado da festa, que a Banda Eva era uma banda legal. Ele saiu e foi com a galera que ele estava, depois ele voltou até a mesa do Bernardo, fez gestos obscenos. Bernardo, que é um cidadão comum, reagiu ao insulto. [A briga] foi tomando uma proporção e foi quando o Henri deu um soco que era para atingir Bernardo, mas foi no olho de Guilherme. Quando ele deu o soco, ele não abaixou os braços e saiu, ele reagiu, eles se abraçaram, aquele abraço de briga, as pessoas separaram e eles foram embora.
Fonte: Jovem Pan