Hospital do Coração cria caixa de memórias para levar carinho aos internados com Covid-19 

HCor resolveu estimular a relação indireta dos pacientes com familiares e amigos

O HCor, Hospital do Coração, criou uma caixa de memórias para levar o carinho de familiares e amigos aos internados com Covid-19. As embalagens personalizadas são abastecidas com cartas, fotografias e até pequenos objetos pessoais dos pacientes. Jovita Peternelli,  de 89 anos, está internada há mais de 15 dias e o isolamento social, a distância com amigos e familiares, é uma das partes mais difíceis na hora de enfrentar a doença. Pensando em amenizar esse momento de fragilidade dos pacientes, o HCor resolveu estimular a relação indireta deles com o lado de fora do ambiente hospitalar. A paciente tem recebido cartas, fotos e muitas lembranças carinhosas dos filhos e netos através de uma caixa de memórias enviadas pela família. A filha de Jovita, Silvia Helena, é quem se responsabiliza por organizar as mensagens e entregar para a mãe no hospital. “A primeira carta que chegou do hospital eles colocaram em uma caixinha ‘carinho para você’ e entregaram para ela, que leu a carta feliz. Eu acho que fez muita diferença para ela, porque a todo momento nós estamos pondo mais cartas nessa caixa e toda a família nesses 15 dias têm mandado muitos desejos e votos de melhora. Então, a caixa dela já está repleta e toda hora ela pede para rever”, cota Silvia.

Para a gerente de saúde mental  do hospital, Sylvia Cury, essa é uma iniciativa simples de humanização e manter esses itens pessoais junto aos pacientes proporciona uma sensação de pertencimento e familiaridade durante a internação. “Isso é importante porque ajuda o paciente a relembrar memórias positivas. É muito bom quando a gente lembra de coisas boas da nossa vida, quando lembramos de situações felizes, porque isso nos motiva a querer melhorar e querer voltar logo para casa. Isso nos dá uma motivação diferente, nos faz mais felizes e quando nós estamos bem, é claro que até a nossa imunidade melhora”, explica Sylvia. Além das caixas de memórias, outra opção adotada por diversos hospitais foram as televisivas, uma iniciativa implantada de forma permanente nos setores de internação, incluindo também as unidades de terapia intensiva. Nas enfermarias, os pacientes que não fazem uso de celulares próprios também contam com intermédio da psicologia. Assim, todos os dias da semana, com data e horário marcado, os pacientes podem conversar e até receber abraços virtuais por meio das video-conferências.

*Com informações da repórter Juliana Tahamtani


Fonte: Jovem Pan

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