Ida de Pazuello à manifestação causa mal-estar entre senadores da CPI da Covid-19

À CPI, Pazuello defendeu uso de máscara e distanciamento social, mas participou de ato ao lado de Bolsonaro

A ida do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à passeata promovida pelo presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, no domingo, 23, causou um mal-estar entre os senadores da CPI da Covid-19. Os parlamentares encararam a presença do general do Exército na manifestação como um ato de provocação, sobretudo, por ter ocorrido dias depois de seu depoimento na comissão. Segundo relatos feitos à Jovem Pan, o comportamento do ex-chefe do Ministério da Saúde, em contraposição ao que defendeu em sua oitiva, é mais um motivo pelo qual Pazuello deve ser reconvocado para depor ao colegiado – na quarta-feira,  26, serão votados requerimentos de convocação para depoimentos que vão ocorrer a partir de junho.

Um dos fatores que mais irritou os senadores foi o fato do ex-ministro ter dito, em seu depoimento, ser favorável às medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, álcool em gel e o distanciamento social, e ter aparecido, ao lado de Bolsonaro, em uma aglomeração, no final de semana em que o Brasil se aproximou da marca de 450 mil mortes causadas pelo coronavírus. “Pazuello mentiu compulsivamente, mas foi respeitado por nós do começo ao fim do seu depoimento. Três dias depois, ele comparece a uma passeata da morte. Debocha da CPI e do luto de milhares de famílias”, disse à Jovem Pan um membro titular da comissão.


Fonte: Jovem Pan

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