Idosos buscam novos hábitos para manter saúde do corpo e da mente no isolamento

Diferente do que muitos pensam, envelhecer não é sinônimo de viver uma vida solitária e monótona

A pandemia da Covid-19 afetou muito a vida social de idosos e pessoas de grupos de risco. Aos 75 anos, Edi Rosito tinha uma agenda cheia de compromissos. A rotina de sair com as amigas, visitar a família e viajar pelo mundo deu lugar a dia a dia mais sossegado dentro de casa. O que a princípio parecia ser um problema, se transformou em novidade. “Eu comecei a olhar pela internet e me interessei. Aquele crochê antigo, de faze babadinho, não gosto. Mas comecei a pesquisar e vi tinha coisas bem modernas. É uma arte milenar que voltou com tudo”, disse. Edi encontrou no crochê, uma espécie de terapia para ocupar a mente.

“A noite, em vez de ver televisão, eu fico fazendo curso. E gostei demais dessa técnica do crochê. Então estou me divertindo bastante, estou bem feliz.” A auxiliar judiciária, Sônia Lopes, de 69 anos, mora no mesmo prédio da dona Edi. Por ser grupo de risco, precisou se afastar do trabalho. Influenciada pelas dicas da amiga e vizinha, também entrou na onda de bordar. “Cada vez eu quero aprender mais, quero aprender pontos diferentes. E, assim, estou tão empolgada e interessada que não quero ficar só no cachecol e gola. Quero aprender a fazer blusa, inclusive até comprei linha que vou fazer uma saída da banho pra mim.”


Fonte: Jovem Pan

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