Implantes hormonais x ‘chip da beleza’: entenda as diferenças e a polêmica envolvendo o tratamento

Procedimento pode gerar efeitos colaterais bons para fins estéticos, mas o uso é recomendado em casos médicos apenas

Criados há cerca de quatro décadas pelo Dr. Elsimar Coutinho, fundador da Elmeco, os implantes hormonais de gestrinona vem sendo utilizados como método contraceptivo e para o tratamento de doenças como a endometriose, para diminuir a ovulação e amenizar os sintomas da TPM há anos. Entretanto, por conta dos efeitos no corpo dos pacientes, o tratamento passou a ser chamado de ‘chip da beleza’ e também começou a ser utilizado para fins estéticos. O uso está associado aos efeitos do hormônio, dentre os quais estão o favorecimento da perda de gordura e o ganho de massa muscular. O procedimento de implantação do hormônio dura menos de 10 minutos, custa cerca de R$ 3 mil e age no organismo durante seis meses. Os implantes são alvos de polêmica por serem produzidos por farmácias de manipulação, também chamadas de magistrais, que seguem uma regulação própria. 

Em entrevista à Jovem Pan, Patrícia Rudge, CEO da Elmeco, falou sobre as polêmicas envolvendo o tratamento, dizendo que a confusão entre o implante e o ‘chip da beleza’ surgiu por conta de relatos envolvendo efeitos colaterais positivos em algumas pessoas. “A gente sabe que esse tratamento pode trazer efeitos colaterais positivos e negativos. […] Tem pessoas que tem hábitos saudáveis e que quando usam a gestrinona têm efeitos positivos. É de cada um, de cada organismo”, explica Patrícia. Além disso, a CEO reafirmou que o procedimento foi criado para fins medicinais, e não para fins estéticos e destacou os resultados do tratamento. “Jamais (foi pensado) para tratamento estético, queria dar qualidade de vida para mulheres”. “a paciente passa a ter vida profissional, pensante, sexual. coisas que ela não tinha mais”, continuou Patrícia. 

Além disso, ela explicou que muitas vezes os medicamentos são utilizados de maneira errada por conta da irresponsabilidade dos médicos responsáveis pela prescrição das substâncias. “Acho que tem muito um viés de quem prescreve. A responsabilidade da prescrição do produto está na mão do médico responsável. Alguns médicos estão prescrevendo de maneira irresponsável”, disse Patrícia, se referindo às prescrições para uso estético. Para combater a desinformação a respeito do procedimento e evitar maiores danos à saúde dos pacientes, a empresa informou estar investindo em cursos para prescritores das receitas e trabalhado na comunicação para dissociar a imagem dos implantes com a de um procedimento estético. 


Fonte: Jovem Pan

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