A venda de armas aumentou no mundo durante a pandemia da Covid-19. É o que revela um levantamento do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz, de Estocolmo, na Suécia, que aponta para o 6º ano consecutivo de expansão desse setor, que apenas não bateu o recorde atingido em 2015 por uma queda nas vendas para a Rússia e também para a França. O valor movimentado pela indústria de armas em 2021 atingiu US$ 531 bilhões, cerca de R$ 3 trilhões. Para dimensionar os ganhos da indústria mundial de armas, o orçamento brasileiro para 2022 foi sancionado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e ficou pouco acima dos lucros do segmento: R$ 4,7 trilhões.
As 100 maiores fabricante de armas cresceram 15% nos últimos cinco anos. Americanos e fabricantes europeus dominam esse mercado com 82%, tendo os Estados Unidos com 41 das 100 maiores empresas de armamento do mundo. As tensões globais impulsionam essa indústria, que também só não cresceu mais em 2021 em razão da quebra da produção provocada pela pandemia do coronavírus no fornecimento de matérias primas. No Brasil, o presidente Bolsonaro é um defensor do uso das armas para defesa pessoal, para colecionadores, tiro esportivo, e há um embate entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo sobre o decreto das armas.
Fonte: Jovem Pan