As fabricantes de motos brasileiras não conseguem atender a procura de modelos nas lojas. O impulso das entregas e a busca do transporte individual na pandemia ajudam a explicar a forte demanda pelas duas rodas. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) revisou para cima suas projeções com a expectativa de produzir 1,2 milhão de motos em 2021, alta de 26,8% sobre o ano passado. O presidente da entidade, Marcos Fermanian, ressalta que a falta de peças impede a retomada mais forte do setor. “O mercado tem uma fila de espera de aproximadamente 50 mil motocicletas entre os modelos de baixa cilindrada e scooters. O estoque nas lojas ainda é baixo, mas acreditamos que em poucos meses conseguiremos atender à demanda. Para os modelos premium, a entrega já está normalizada”, afirmou.
A Abraciclo espera comercializar 1,14 milhão de motocicletas, alta de 24,6% sobre 2020. O mercado de bicicletas também está aquecido e a produção deverá atingir 850 mil unidades, alta de 27,8%, analisa o vice-presidente da Abraciclo, Cyro Gazola. “Estamos fazendo isso, que traduz a capacidade de trabalhar, apesar da crise, na ampliação da capacidade produtiva para este ano de forma a atender a crescente demanda por bicicletas no mercado nacional”, afirmou. Sobre o mercado de motos, com 1,2 milhão de unidades, a Abraciclo afirma que o setor deve se aproximar do patamar de 2015, mas ainda distante do recorde de 2011, com a produção de 2 milhões de modelos.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
Fonte: Jovem Pan