Israel aprova plano para dobrar número de habitantes nas Colinas de Golã

Primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, afirmou que esta é a hora de intensificar a presença de judeus na região

Israel aprovou um plano neste domingo, 26, para dobrar o número de habitantes nos assentamentos judeus nas Colinas de Golã, parte de um projeto de mais de 300 milhões de dólares, 40 anos após a anexação do território sírio. O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, que celebrou a reunião de domingo do gabinete na comunidade de Mevo Hama, em Golã, afirmou que é o momento de reforçar a presença de judeus israelenses no território. “Nosso objetivo é dobrar a população de Golã”, declarou o chefe de Governo de direita durante a apresentação do programa para melhorar as residências, o sistema de transportes, turismo e atendimento médico na área, por um valor de 317 milhões de dólares. Bennett teve que abandonar a reunião depois que sua filha testou positivo para a Covid-19 e iniciou um isolamento, mas após uma pequena pausa o gabinete votou e aprovou o plano que prevê a construção de 7,3 mil novas casas para os colonos na região em um prazo de cinco anos. Quase 25 mil colonos israelenses vivem nas Colinas de Golã, ao lado de 23.000 drusos (grupo etno-religioso monoteísta de língua árabe) que permaneceram em suas terras após a tomada de Golã por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Israel anexou o território em 14 de dezembro de 1981, mas a maior parte da comunidade internacional não reconhece a medida. O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um grande aliado de Israel, afirmou em 2019 que seu país reconheceria a soberania israelense nas Colinas de Golã. “Desnecessário dizer que as Colinas de Golã são israelenses”, afirmou Bennett no sábado, lembrando o compromisso de Trump e destacando como algo “importante” o fato de que o governo de Joe Biden “deixou claro que não há mudança de política”. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou pouco depois da posse de Biden como presidente sobre os problemas jurídicos que a afirmação de Trump poderia ter, no que a Síria considera uma “violação flagrante de sua soberania”. Blinken, no entanto, declarou que não há planos para voltar atrás, especialmente com a guerra civil síria em curso. Israel e Síria, que tecnicamente continuam em guerra, são separados por uma fronteira de fato nas Colinas de Golã.

*Com informações da AFP


Fonte: Jovem Pan

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