Israel bombardeia casa de líder do Hamas em ataque contra Faixa de Gaza

Homem palestino resgata sua filha ferida dos escombros após sua casa ser destruída por um ataque de Israel contra a Faixa de Gaza

Pelo menos 42 pessoas, incluindo 16 mulheres e 10 crianças, morreram no último ataque de Israel contra a Faixa de Gaza neste domingo, 16. Os militares israelenses alegaram que os 100 foguetes disparados tinham como alvo infraestruturas ligados ao Hamas, movimento islâmico palestino que governa a região, e conseguiram atingir as casas de dois líderes, os irmãos Yahya e Muhammad Sinwar. O paradeiro dos homens é desconhecido, assim como o de dezenas de outras pessoas que podem estar desaparecidas sob os escombros de construções bombardeadas. Pela manhã, autoridades palestinas resgataram cinco crianças que ficaram presas nos destroços. Até agora, a Faixa de Gaza afirma que no total mais de 1.230 palestinos foram feridos e que 188 morreram, incluindo 55 crianças e 33 mulheres. Apesar do Hamas também estar lançando foguetes quase initerruptamente contra o inimigo, e número de mortes em Israel é significativamente menor: desde o início do conflito, dez israelenses, incluindo dois menores de idade, perderam as suas vidas. Isso se deve ao Domo de Ferro, que intercepta projéteis antes que eles causem qualquer dano à população israelense, e também à desvantagem tecnológica da Faixa de Gaza, cujos mísseis muitas vezes acabam falhando antes mesmo de cruzarem a fronteira. Nas últimas horas, por exemplo, o Hamas lançou cerca de 120 foguetes contra Israel, mas não houve relatos de vítimas.

Reação internacional

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma reunião neste domingo, 16, para discutir os recentes conflitos no Oriente Médio. O secretário-geral Antonio Guterres abriu a sessão descrevendo a violência que está acontecendo na região como “totalmente terrível” e defendendo um cessar-fogo imediato. No mesmo dia, o Papa Francisco pediu às partes que pusessem fim ao “clamor das armas” e tomassem o “caminho da paz”. “Muitos inocentes morreram, entre eles também há crianças. Isso é terrível. Inaceitável. A morte deles é sinal de que as pessoas não querem construir um futuro, mas destruí-lo… Eu me pergunto aonde o ódio e a vingança irão levar”, afirmou o líder da Igreja Católica. Enquanto isso, o Egito enviou ambulâncias através de sua fronteira com a Faixa de Gaza para possibilitar que algumas vítimas palestinas possam receber atendimento médico em hospitais egípcios.


Fonte: Jovem Pan

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