Justiça nega prisão preventiva, mas proíbe hacker da Lava Jato de dar entrevistas

O Ministério Público Federal alegava que Delgatti vinha descumprindo a determinação que o proíbe de acessar a internet

A Justiça negou a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti Neto, acusado de chefiar a invasão a celulares de autoridades brasileiras e integrantes da força tarefa da Lava Jato em 2019. O Ministério Público Federal alegava que Delgatti vinha descumprindo a determinação que o proíbe de acessar a internet, já que ele concedeu entrevistas por videoconferência, expondo inclusive dados de vítimas do ataque. Preso na Operação Spoofing da Polícia Federal, Delgatti cumpre medidas cautelares com tornozeleira eletrônica e não pode ter qualquer acesso à internet.

Em audiência nesta quinta-feira, o juiz da décima vara federal, Ricardo Leite, negou o pedido de prisão, mas reiterou que o fato não pode acontecer novamente. “A minha decisão é essa: se ele continuar a dar qualquer entrevista, por qualquer meio, falando desse processo, de mensagens hackeadas. Ainda que foram direta ou indireta, mesmo que outra pessoa acesse, ele vai voltar a cumprir medida cautelar”, disse. Delgatti segue sem poder acessar a internet e está proibido de conceder entrevistas. A defesa admitiu que o hacker violou a medida cautelar, mas garantiu que as determinações serão cumpridas. As mensagens roubadas pela quadrilha agora são utilizadas pela defesa do ex-presidente Lula para questionar a imparcialidade do ex-juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá.


Fonte: Jovem Pan

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