Depois de filiar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e se acertar com o apresentador José Luiz Datena, de saída do PSL, o PSD mira Geraldo Alckmin, que deve deixar o PSDB após a disputa protagonizada pelos governadores João Doria e Eduardo Leite para a escolha do candidato da legenda à Presidência da República, marcadas para o final do mês de novembro. O presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, dá como certa a filiação do tucano, mas disse à Jovem Pan que o apoiará em qualquer cenário – o ex-governador de São Paulo tem sido cortejado pelo União Brasil, que surgirá da fusão do DEM com o PSL. “Ele tem o tempo dele para tomar a decisão, mas vamos apoiá-lo”, afirmou à reportagem. Com a aliança selada, Alckmin deve ser candidato do partido ao governo do Estado e ter Márcio França, do PSB, como vice.
Neste cenário, o PSD fecharia sua chapa para as eleições majoritárias do ano que vem em São Paulo. Âncora da TV Bandeirantes, Datena será candidato ao Senado. Alckmin, por sua vez, tentaria voltar ao Palácio dos Bandeirantes pela quinta vez. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no mês de setembro, o tucano lidera a corrida pelo Estado. A legenda também teria, no maior colégio eleitoral do país, um palanque para tentar alavancar a candidatura de Rodrigo Pacheco como sucessor do presidente Jair Bolsonaro. “O PSD está procurando pessoas que possam contribuir com experiência e com vontade. O Geraldo Alckmin é um exemplo inquestionável disso. Ele tem projetos para o Estado, tem experiência. O Datena, no Senado, ninguém tem dúvida do quanto ele pode ajudar. O Pacheco já se filiou, foi lançado [como candidato à Presidência] e qualifica o debate com sua presença e com sua visão de Brasil”, disse Kassab à Jovem Pan.
Fonte: Jovem Pan