Um estudo divulgado na última quarta-feira, 4, mostrou imagens inéditas do corpo de um filhote de leão que viveu na Era do Gelo e foi encontrado dentro de uma caverna a sete metros de profundidade nas imediações do rio Indigirka, em Belaya Gora, na Rússia. A estimativa é de que ele tenha vivido há 28 mil anos. Apesar das imagens do leão terem sido publicadas no Journal of Quaternary Science, periódico acadêmico que fala sobre o período geológico Quaternário, nesta semana, o animal foi descoberto por um caçador de presas de mamutes no fim de 2018. O homem foi responsável por acionar os pesquisadores, que por mais de dois anos analisaram a amostra e estimam que este seja o animal mais bem preservado do período encontrado até o momento. O gelo ajudou na preservação do corpo do leão, que, segundo a descrição dos moradores, tinha pelos, garras e até mesmo o “bigode” intacto.
Segundo o estudo, o animal, uma fêmea, tinha entre um e dois meses de idade quando morreu. Não há sinais de que ela tenha sido atacada por nenhum predador, então as equipes trabalham com duas possibilidades: que tenha caído e ficado presa em algum vão ou que tenha sido soterrada por um deslizamento de lama. O corpo do animal, batizado de “Sparta” pelos pesquisadores, foi encontrado a cerca de 15 metros de outro bicho da mesma espécie, descoberto em 2018, que teria morrido 15 mil anos antes. “É absolutamente impressionante, nós saberíamos que encontraríamos algo ao sermos chamados no local, mas este leão parecia que tinha morrido há apenas dois dias”, declarou o professor Love Dalén, um dos responsáveis pelo estudo, em entrevista ao jornal EuroNews.
Fonte: Jovem Pan