‘Levei socos no rosto, no estômago e no peito’, diz repórter da Record TV agredido em reportagem

Ronaldo Daros sofreu agressões ao tentar filmar uma briga em uma casa de eventos

O repórter Ronaldo Daros, da NDTV, emissora afiliada Record TV em Santa Catarina, viveu um “filme de terror” durante a gravação de uma reportagem em Joinville no último domingo, 16. O jornalista foi agredido por um funcionário e também por clientes de uma casa de eventos da região ao tentar filmar com o celular uma briga que estava acontecendo no local. Em entrevista à Jovem Pan, ele contou que tinha feito a cobertura de um homicídio e estava voltando à emissora com o com o cinegrafista Ricardo Alves. “Resolvemos fazer uma ronda para ver a possibilidade de fazer uma matéria sobre as aglomerações nos bares durante a pandemia, pois estamos em uma fase difícil. Vimos um tumulto na frente de uma casa [de eventos], as pessoas estavam se empurrando. Peguei o celular e, nesse momento, o próprio funcionário da casa veio falando que eu não podia gravar. Eu estava com o vidro da janela um pouco aberto e, na raiva, ele tentou pegar meu celular com força, mas não conseguiu e acabou batendo no meu rosto”, contou Ronaldo.

O cinegrafista desceu do carro para ajudar o repórter e as pessoas que estavam já estava brigando no local começaram a bater no carro. “Eles deram um soco que trincou o para-brisa. Minha porta estava destravada, então eles conseguiram abrir e, nesse momento, [um dos clientes] começou a pedir meu celular, queria que eu apagasse os vídeos. Em nenhum momento dei meu celular e ele começou a me bater.  Levei socos no rosto, no estômago e no peito. Não sei quantos socos foram, tudo aconteceu muito rápido, estava em estado de choque. Além de me bater, ele ficou me ameaçando de morte e tirou minha máscara para me identificar.” Em meio as agressões, um outro homem chegou mandando Ronaldo apagar os vídeos e ele foi obrigado a ceder. “Naquele filme te terror, um dos caras que estava brigando ainda pulou em cima do carro e quebrou de vez o para-brisa. Foi a pior sensação que senti na minha vida, eu nunca apanhei tanto assim e eu não podia fazer nada. Eles até tentaram me puxar para fora do carro, mas eu estava de cinto”, falou o jornalista, que ressaltou que todos os seguranças do local foram negligentes e não o ajudaram. Um Boletim de Ocorrência foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia Civil de Joinville e o caso está sendo investigado.

Carro da Record TV com o vidro quebrado

Agressores danificaram carro da Record TV durante reportagem – Foto: Arquivo Pessoal


Fonte: Jovem Pan

Comentários