O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), falou sobre a votação do benefício extra do Auxílio Brasil. Sem dizer quando exatamente a medida provisório será pautada na Casa, ele defendeu que haja responsabilidade fiscal na avaliação da questão. “Acima de tudo, a gente tem que ter responsabilidade. O Renda Brasil já veio inovando, ele saiu de uma média de R$ 90 para R$ 400 e de um teto de R$ 180 para R$ 852. Eu acho que já é um um número bastante significativo, não do tamanho que a população, que está sofrendo muito com a alta das commodities, que é mundial, com a inflação, que é mundial, com o preço dos combustíveis, que é mundial, merecem, mas a gente tem que sempre prezar pelo possível”, disse Lira.
O Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família, foi criado com parcelas mínimas de R$ 223. Porém, uma medida provisória editada pelo governo criou um benefício extra para complementar o Auxílio, fazendo as parcelas chegarem a R$ 400. Essa MP caduca em maio de 2022, e os parlamentares precisam discutir o assunto nesse prazo ou a MP perde a validade. A discussão de ampliação do programa é importante já que, para 2023, não há previsão de pagamento do benefício extraordinário, fazendo com que as parcelas baixem de valor. Atualmente, 17 milhões de famílias são beneficiadas pelo Auxílio Brasil.
Em entrevista à Jovem Pan, o relator da matéria na Câmara dos Deputados, Marcelo Aro (PHS-MG), avaliou que há apoio suficiente para aprovar o texto. “Acho completamente improvável que algum deputado vote contra o aumento do Auxílio Brasil, ainda mais em ano eleitoral, é muito difícil que um deputado vote contra. E já estava combinado, já fazia parte do acordo esse aumento do Auxílio Brasil pra R$ 400”, disse. Marcelo disse ainda que os parlamentares desejam ampliar o valor de R$ 400, mas, por enquanto, não há previsão de onde sairia esse recurso.
*Com informações da repórter Carolina Abelin