Mães pressionam por volta às aulas em São Paulo e ameaçam recorrer à Justiça

Segundo o médico Fabio Jung, não há justificativa para que o comércio, bares e restaurantes estejam abertos e as escolas, não

Angústia que não se sabe quando terá fim. O ano de 2020 está acabando e a dúvida permanece: será que no ano que vem as aulas vão voltar ou isso só vai acontecer quando houver uma vacina? A cuidadora Lívia Pimentel é mãe de um menino de 9 anos que está matriculado na rede municipal de ensino. Segundo ela, desde que a pandemia do coronavírus chegou e as aulas foram suspensas, o menino vive angustiado. “Ele pega os livros, os lápis, ele rabisca, chora e fala: ‘Mãe, quando vou voltar a estudar? Quando vou voltar para a escola? Tô com saudades da escola’ então aquilo mexe comigo”, completou. Pensando nisso, pais e mães que têm filhos em escolas da rede públicas e privada vão entrar com uma ação popular nesta segunda-feira, 30, para o retorno das aulas na cidade de São Paulo. Eles pedem que a Prefeitura siga o Plano São Paulo, um planejamento do governo do Estado para a reabertura das atividades durante a pandemia. O governo estadual, no entanto, deu autonomia para que cada cidade paulista decida em relação a volta às aulas.

A administradora Lana Romani é uma das líderes do movimento. “A gente não pode permitir que seja legal e autorizado fazer festa até 600 pessoas, por exemplo, e as crianças não terem aula. Isso é uma inversão de valores que não pode continuar acontecendo”, disse. Mãe de três filhos, a advogada Vera Vidigal também apoia a volta às aulas. “O que está acontecendo aqui é que nós, como população, estamos deixando acontecer uma situação em que todos os setores da economia estão abertos, menos educação. Os efeitos deletérios disso são enormes. Uma verdadeira geração de jovens que já perderam um ano de escola presencial e estão correndo o risco de perder a segunda.”


Fonte: Jovem Pan

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