O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, deu coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 9, e falou sobre o perfil do candidato que deve ser indicado pela casa para a eleição ao cargo dele no mês de fevereiro de 2021. Ao falar das qualidades que um indicado pela atual presidência deve ter, ele criticou o governo federal em relação a pautas enviadas à casa legislativa durante a presidência dele e às ações realizadas em meio à pandemia do novo coronavírus no Brasil. “Esperamos que o governo possa ter convergência com o nosso tema, porque no dia em que a gente está debatendo a polêmica das vacinas, como vai resolver para comprar vacinas, o governo vai e isenta a importação de armas. Nos deixa perplexos pela falta de prioridade em alguns momentos e de sensibilidade por parte do governo. As pessoas estão perdendo as vidas, o número de infectados está aumentando, os hospitais em muitas cidades estão ficando sem espaço, sem leitos de UTI”, disse, ao falar que a casa pretende votar a Medida Provisória 1003, que permite a inclusão do Brasil na aliança global pela vacina coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O presidente da Câmara lembrou que apesar do tratamento dos infectados ser melhor do que o apresentado no início da pandemia, ainda há risco de aumento na letalidade da população. “Parece que há uma distorção de prioridades ou uma falta de prioridades por falta do governo”, criticou. Maia afirmou mais de uma vez que prezará pela “liberdade” ao pensar no nome indicado e não considerou que o prazo de dois meses fosse curto para escolher um indicado. “Se dois meses antes ganhasse a eleição, não precisava de eleição”, pontuou. Ele também afirmou que a campanha não pretende ir contra o governo e acusou Bolsonaro de ir contra ele.
Fonte: Jovem Pan