Mais de três mil prefeitos em todo o país foram ouvidos de 28 de junho a 2 de julho deste ano. Uma das perguntas foi se a taxa de ocupação de leitos de UTI havia aumentado ou diminuído na última semana. 21,5% dos municípios responderam que estão com a taxa de acima de 95%, 17,8% estão acima de 90%, 16% tem acima de 80% e 18,5% estão com a capacidade entre 60% e 80% de pessoas internadas. Apenas 11% abaixo de 60% de internação. 15,2% não responderam. Outra pergunta foi se os municípios, com o aporte financeiro do governo federal, aceitariam fazer o novo lockdown nacional em caso de uma terceira onda do coronavírus. 52,8% responderam que sim, que topariam fazer o novo antes das festas de final de ano; 44,6% não aceitariam e 2,6% não responderam. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkosky, defende o novo modelo nacional de restrição de circulação de pessoas antes de dezembro. “Porque aí nós colocaríamos, como eu disse, em tese, o vírus no chão e poderíamos trabalhar melhor, intensificando a vacinação pelo um lado e fechando por outro. Se houvesse pelo menos 65% de não circulação em todas as situações, nós poderemos aliviar e chegar, talvez, no final do ano e ter um Natal mais festivo, ao passo que, da forma que nós estamos entendendo, a pandemia vai se perpetuar, lamentavelmente”, disse Ziulkosky.
Ainda sobre o lockdown antes de dezembro, 75,9% fechariam por 15 dias os municípios, 14% fechariam por 21 dias, 7,5% por 30 dias e 2,5% não responderam. O Ministério da Saúde informou que está fazendo regularmente as entregas das vacinas para os Estados e que cabem a eles fazerem a redistribuição para cada município. Nos últimos cinco dias, mais de 13,5 milhões de doses foram entregues. Vacinas da Pfizer, da Janssen e também da AstraZeneca. Mesmo assim, a pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios aponta um atraso na vacinação nacional. O relatório apresentado indica que 809 prefeitos entrevistados confirmaram que faltaram vacina para aplicação da primeira dose. 23 responderam que não faltaram doses para a primeira aplicação. Cinco municípios não responderam. A pesquisa apontou quais as vacinas que faltaram para a aplicação da segunda dose. Na ordem, estão CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer. Foram ouvidos pela CNM 3.079 prefeitos, representando 55,3% dos municípios brasileiros.