No dia em que são realizadas manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um grupo de 15 pessoas ateou fogo em uma estátua em homenagem ao bandeirante Borba Gato na avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo. A polícia não soube dizer se o grupo participaria do protesto marcado para as 15h, com concentração na avenida Paulista. No entanto, o vilipêndio de monumentos que homenageiam símbolos escravagistas faz parte da ação de alguns grupos de esquerda. A estátua de Borba Gato já era visada desde o ano passado, quando o grupo Black Lives Matter, após a morte de George Floyd, começou a tombar estátuas de personalidades históricas consideradas racistas.
“Manuel de Borba Gato fez fama e fortuna na segunda metade do século 18 percorrendo os sertões brasileiros à caça de indígenas para escravizar. Era também um fugitivo da lei e contrabandista de ouro”, conta o historiador Laurentino Gomes. Com dez metros de altura, a estátua em homenagem ao bandeirante foi inaugurada em 1963. Nas redes sociais, militantes e ativistas de esquerda ou de movimentos identitário celebraram o ato contra a memória de Borba Gato. O incêndio foi contido e a estátua permanece de pé.
Manuel de Borba Gato foi um bandeirante paulista jagunço responsável por escravizar negros e indígenas e destruir quilombos. https://t.co/YV4s5ALKeG
— andreza (@andrezadelgado) July 24, 2021
A melhor imagem do dia.
Borba Gato representa o Brasil escravista, o GENOCÍDIO NEGRO E INDÍGENA.
Que todas as homenagens a esses genocidas racistas queimem ???????? https://t.co/ssuGuhpBMn
— Tati Nefertari (@TatiNefertari) July 24, 2021
Fonte: Jovem Pan