Marília criou 682 vagas de emprego com carteira assinada em outubro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do governo federal, divulgados nesta quinta-feira (26). Foi o quarto mês consecutivo que o município registrou saldo positivo entre contratações e demissões.
O setor de serviços puxou o resultado positivo em outubro, com a criação de 334 postos de trabalho, seguido da indústria (181) e comércio (143).
O economista Eduardo Rino explica que o bom resultado no setor de serviços foi influenciado pelas contratações motivadas pelo crescimento do comércio online, um dos impactos da pandemia. “O consumo interno está aquecido por conta do auxílio emergencial que será concedido até dezembro”, justificou.
Nos meses anteriores, o saldo positivo ficou em 669 (setembro), 722 (agosto), e 416 vagas (julho). Em março, abril, maio e junho, o saldo de vagas foi negativo (com o registro de -177 vagas, -1037 vagas, -540 vagas e -85 vagas, respectivamente). Em janeiro e fevereiro deste ano foram criadas 152 e 566 vagas de emprego formal, respectivamente.
Apesar do baque no emprego formal motivado pela pandemia, o desempenho do emprego formal em Marília de janeiro a outubro deste ano vem se recuperando e já se desenha praticamente igual ao mesmo período do ano passado.
Em 2020, o saldo acumulado é positivo de 1.368 vagas, diferença entre 20.022 admissões e 18.654 desligamentos. De janeiro a outubro do ano passado, o saldo do emprego formal foi de 1.379 vagas, produto da diferença entre 20.030 admissões e 18.651 desligamentos. “A tendência é que, no final deste ano, o saldo positivo até supere o ano passado”, pontuou o economista.
Reformas
Rino ressalta, no entanto, que a geração de emprego formal só terá um maior impulso se o governo federal fizer as reformas que o Brasil precisa.
“Já acabaram as eleições, agora o foco principal tem que ser as reformas. A principal reforma que considero é a tributária, que simplificaria as normas e provocaria redução de custos dos empresários com consultorias. Isso provocaria a atratividade de novas empresas e os empresários que já atuam no mercado poderiam investir parte dessa economia na modernização do negócio e, claro, na contratação de mais funcionários”, concluiu.
Fonte: D Marília