Durante protestos pelo Dia Internacional da Mulher, manifestantes derrubaram uma parte do muro de metal que tinha sido instalado temporariamente para proteger o Palácio Nacional do México, residência do presidente Andrés Manuel López Obrador. A infraestrutura na Praça da Constituição, na Cidade do México, tinha gerado controvérsia no país pelo seu simbolismo diante das manifestações feministas. A barreira de metal, que foi criticada como sendo um símbolo de repressão, também acabou ganhando flores e grafites em homenagem às vítimas do feminicídio. Durante a segunda-feira, 8, cerca de 1.700 policiais mulheres foram designadas para acompanhar o protesto. As agentes acabaram usando spray de pimenta para conter as manifestantes que começaram a se aglomerar em torno do muro derrubado.
Os protestos na capital mexicana também estavam sendo motivados pelo descontentamento em torno do partido do presidente Andrés Manuel López Obrador, que se recusou a cancelar a candidatura de Félix Salgado Macedonio ao cargo de governador do estado de Guerrero. O político está sendo acusado de ter estuprado uma menor de idade em 1998 e abusado de uma jornalista em 2016, mas fez um post em suas redes sociais nesta sexta-feira, 5, elogiando a luta feminina. A publicação recebeu milhares de mensagens de repúdio, já que deputadas do mesmo partido afirmam que o Macedonio enfrenta também outras cinco acusações de crimes sexuais graves contra mulheres. Enquanto isso, o presidente exigiu o fim da “campanha de linchamento” contra o candidato.
Fonte: Jovem Pan