Até então em análise pelo Ministério da Saúde, nesta sexta-feira, 11, a pasta definiu que não irá recomendar a quarta dose de vacina contra a Covid-19 para toda a população. O entendimento é de que faltam critérios científicos para embasar a decisão. O Estado de São Paulo vem contrariando o posicionamento do Ministério. A cidade de Botucatu, no interior de SP, já liberou o segundo reforço para idosos acima de 60 anos. Durante essa semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que estuda liberar a quarta dose para toda a população adulta. Porém, por enquanto, ainda está em análise. Por parte da Secretaria Estadual de Saúde, ainda não confirmação de quando se iniciaria a campanha. Hoje o segundo reforço está liberado, segundo recomendação do governo federal, para imunossuprimidos a partir de 12 anos.
A pesquisadora em saúde e integrante do Comitê de Combate ao Coronavírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cristina Barros, observa que a quarta dose é importante para pessoas com comorbidades, especialmente com problemas no sistema imunológico, mas ainda não consenso entre os cientistas liberar para todos. “Precisamos acompanhar um pouco mais a história natural da doença. Quanto tempo depois do reforço a gente vai observar uma queda na imunidade? Essa queda já está sendo observada. A gente vê que a imunidade cai quatro meses após a terceira dose. É um equilíbrio muito delicado. A gente está avançando, está aprendendo”, defendeu. A pesquisadora ressalta a necessidade de quem não voltou para a segunda dose ou terceira dose que busque completar o esquema vacina.
*Com informações da repórter Carolina Abelin