Ministério da Saúde precisa comprar todas as vacinas disponíveis no mercado, diz ex-coordenadora do PNI

Para garantir o avanço da vacinação contra o coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde precisa comprar todas as vacinas disponíveis no mercado e, com isso, conter a doença e evitar mortes. A avaliação é de Carla Domingues, que foi coordenadora do Programa Nacional de Imunização de 2011 a 2019. Ela ressalta que é ótimo que o país tenha dois produtores, sendo os compostos do Instituto Butantan e da Fiocruz, mas eles dependem dos insumos escassos e o processo leva 30 dias após a chegada. “Como tá havendo essa escassez, há outros laboratórios que tem a vacina pronta para já chegar e ser distribuída imediatamente. Era fundamental que o ministério fizesse essa aquisição nesse momento.”

Carla Domingues reforça que o momento exige a redução da gravidade da doença. “Tanto a vacina do Butantan e do Bio-Manguinhos, elas demonstraram nos estudos clínicos que têm propensão a diminuir gravidade e óbitos [pela Covid-19]. É isso que a gente quer nesse primeiro momento da pandemia. Estamos vendo mais de 200 mil brasileiros que morreram, uma necessidade enorme de UTIs na maioria dos municípios, inclusive com esgotamento da capacidade. Então essa tem que ser a nossa preocupação nesse momento”, avaliou. A segunda etapa da vacinação em São Paulo vai envolver profissionais da saúde, indígenas, quilombolas, idosos com mais de 60 anos e pessoas com deficiência que vivem em instituição de longa permanência. O intervalo entre as dose será de 14 a 28 dias.


Fonte: Jovem Pan

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