‘Ministro da Defesa pode ser um civil, desde que não seja um radical ideológico’, diz presidente do Clube Militar

Anúncio da saída de Azevedo e Silva surpreendeu políticos e militares

O anúncio da saída do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa pegou políticos e militares de surpresa. O agora ex-titular da pasta divulgou uma nota na qual afirma que sai com a “certeza de missão cumprida” e ressalta que, durante a sua gestão, preservou as Forças Armadas “como instituições de Estado”. “Fui surpreendido pelo anúncio. Fiquei sabendo por uma mensagem que recebi no meu WhatsApp. Não tinha notícia de que estava prevista uma alteração no Ministério da Defesa, não era uma coisa esperada”, disse o general da reserva Eduardo José Barbosa, presidente do Clube Militar, em entrevista à Jovem Pan.

O general Eduardo Barbosa pondera que não há “ninguém melhor que um militar” para lidar com as Forças Armadas, mas ressalta que o substituto de Azevedo e Silva pode até ser um civil, desde que não seja um “radical ideológico”. “Nunca fui muito favorável à indicação de um político, falando como militar. Aquele não é um cargo para você participar de negociações normais da política. O Ministério da Defesa lida com as Forças Armadas, que são instituições de Estado. Então, fica difícil. Pode até ser um civil, como já tivemos, desde que não sejam radicais ideológicos, como tivemos no passado, na era do PT, por exemplo. Eu não acho isso conveniente, porque acaba que o ministro, se for um civil muito politizado, traz a discussão política para dentro das Forças Armadas, o que nunca é uma coisa interessante. Cabe um civil, desde que não seja da área política. Mas se for um militar, está muito bem colocado. Ninguém melhor que um militar para conhecer as Forças Armadas”, afirmou.


Fonte: Jovem Pan

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