Ministro da Saúde afirma que vacinação de adolescentes foi feita de forma ‘intempestiva’

Marcelo Queiroga citou 1,5 mil eventos adversos em adolescentes de um total de 3,5 milhões de jovens vacinados

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a decisão de suspender a vacinação contra a Covid-19 de adolescentes entre 12 e 17 anos que não possuem comorbidades. Segundo Queiroga, alguns eventos adversos nesta parcela do público devem ser investigados e os Estados não seguiram o Plano Nacional de Imunização (PNI), iniciando a aplicação das doses nos adolescentes antes do previsto, “de forma intempestiva”. O ministro disse ter recebido uma ligação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que estaria “muito preocupado” com a questão. Adolescentes sem comorbidades que tomaram a primeira dose não receberão a segunda por causa da interrupção, enquanto os jovens que têm comorbidades, estão privados de liberdade ou que tem deficiências permanentes seguirão no plano de imunização.

Queiroga afirmou ser “uma questão de cautela”, por considerar que as evidências científicas que demonstrariam os benefícios da vacinação para os adolescentes ainda não estão consolidadas, e que 1,5 mil eventos adversos teriam ocorrido — ou seja, 0,042% do total de adolescentes vacinados no Brasil, de 3,5 milhões. “Não é um número grande, mas temos que ficar atentos”, afirmou o médico. O ministro ainda citou a ocorrência de uma morte de um jovem que recebeu uma dose do imunizante da Pfizer em São Bernardo do Campo (SP). Arnaldo Medeiros, secretário de vigilância sanitária do Ministério da Saúde, disse que cerca de 93% dos eventos adversos ocorreram pela aplicação de vacinas não aprovadas pela Anvisa para a faixa etária.


Fonte: Jovem Pan

Comentários