O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes atendeu a pedido da Polícia Federal (PF) e prorrogou por mais 60 dias uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por vazar inquérito sigiloso sobre um ataque de hackers ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No dia 29 de julho, Bolsonaro apresentou detalhes da investigação durante transmissão ao vivo em suas redes sociais na qual defendeu o voto impresso, usando dados do inquérito da PF para tentar desacreditar a urna eletrônica. O deputado Filipe Barros (PSL-PR), que também estava na live, é outro alvo da investigação.
No pedido enviado ao STF, a PF afirmou que era necessário mais tempo para realizar novas diligências. A investigação foi iniciada dias depois da transmissão, em 12 de agosto, por ordem de Moraes. Barros e o delegado da PF Victor Neves Feitosa Campos, que era o responsável pelo inquérito sobre o ataque ao TSE, já foram ouvidos – o delegado é suspeito de ter feito o vazamento para Bolsonaro e foi afastado da investigação, também por determinação de Moraes. Além deste inquérito, Bolsonaro também é investigado em outro, sobre a produção e disseminação de fake news, também por ataques com inverdades sobre a urna eletrônica. Este inquérito é igualmente conduzido por Alexandre de Moraes.
Fonte: Jovem Pan