Mudança climáticas: os alertas sobre o meio ambiente e futuro da humanidade

Relatório alerta que, na tendência atual, estamos caminhando para um aquecimento de 3ºC na melhor das hipóteses

Colapso do meio ambiente, calor extremo, novas pandemias, falta de alimentos e cidades ameaçadas pelo aumento do nível do mar. Parece roteiro de ficção, mas os impactos climáticos podem se tornar reais nos próximos 30 anos, alerta o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Desde 1988, o órgão consultivo da Organização das Nações Unidas (ONU), fornece as avaliações científicas mais confiáveis do mundo sobre o tema. Pesquisadores de 90 países trabalham no sexto Relatório de Avaliação do IPCC que será publicado oficialmente em 2022. O documento de quatro mil páginas influencia as decisões políticas de 193 países, mas cientistas alertam que se quisermos diminuir os impactos de um futuro sombrio, mudanças efetivas precisam ser feitas agora. Dentro da história de 4,5 bilhões de anos, o planeta Terra experimentou eras de menor e maior calor. Porém, as ações humanas têm acelerado as mudanças no clima, como explica o coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento no Cemaden e membro do IPCC, José Antônio Marengo.

“No terceiro relatório se dizia que existem indicações que o efeito humano é importante para a mudança climática. Já no último, em 2014, se mostra um pouco mais claro que a atividade humana é dominante nas ações de mudança climática, ou seja, se o aquecimento global é um processo natural ele está sendo intensificado pelas ações humanas, isso que o relatório mostra”, explica. Uma década atrás, os cientistas acreditavam que limitar o aquecimento global em 2ºC seria suficiente para salvar o nosso futuro. A meta é contemplada no Acordo de Paris, de 2015, adotado por 197 países que prometeram conter o aquecimento entre 1,5 e 2°C.  O relatório alerta que, na tendência atual, estamos caminhando para um aquecimento de 3ºC na melhor das hipóteses.


Fonte: Jovem Pan

Comentários