Uma equipe de arqueólogos da Universidade Nacional de São Marcos, no Peru, anunciou na última quarta-feira, 24, que encontrou uma múmia que pode ter vivido entre 800 e 1,2 mil anos atrás no país latino. A descoberta foi feita no sítio arqueológico de Cajamarquilla, a 25 quilômetros de distância de Lima. O corpo mumificado estava amarrado com cordas e com as mãos cobrindo o rosto, o que, de acordo com os especialistas, dá sinais de uma cerimônia fúnebre. Os pesquisadores responsáveis pela descoberta, Dr. Pieter Van Dalen Luna e a arqueóloga Yomira Huamán Santillán, afirmaram que o corpo era de um homem que seria do “alto escalão” da região da serra peruana. “A múmia estava no interior de uma estrutura funerária subterrânea que tinha uma plataforma acessível por uma escada. Quase no fim da nossa investigação encontramos a boca da tumba e vimos que a múmia se encontrava em posição fetal”, afirmou a arqueóloga em publicação feita pela própria universidade nas redes sociais.
Cerca de 40 pessoas de quatro universidades diferentes trabalharam no sítio arqueológico desde o mês de janeiro e participaram do processo de descobrimento da múmia no mês de novembro. Ossos de lhama, animais que, segundo a crença dos povos antigos do país, tinham a carne usada para curar doenças, foram encontrados do lado de fora da tumba. Segundo a universidade de São Marcos, a descoberta sinaliza que antes mesmo da presença dos incas no país a área era multiétnica, sendo ocupada por moradores da costa e da serra peruana. A expectativa do centro de ensino é fazer uma análise de carbono das descobertas para determinar o período exato no qual a múmia viveu e mais detalhes sobre a identidade dela.
Fonte: Jovem Pan