O segundo dia da COP26, a Confederação das Nações Unidos sobre as Mudanças Climáticas, foi marcado pela declaração das florestas, que traz seis princípios relacionados a agricultura e o uso de terra sustentáveis. Mais de 120 nações, entre elas o Brasil, se comprometeram com a preservação das áreas de mata. Um dos pontos do acordo prevê o comércio agrícola livre de desmatamento. Em vídeo enviado à COP26, o presidente Jair Bolsonaro pediu ajuda financeira para bancar a proteção florestal. “Assumimos o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030. Faço um chamo a todos os países para que ajudem a defender todas as florestas, inclusive, com recursos adequados em benefício de todos”, disse.
Dois fundos foram anunciados para viabilizar o tratado: USD 12 bilhões serão destinados pelas nações mais ricas e mais de USD 7 bilhões do setor privado. Os valores devem ser destinados até 2025. A definição dos países contemplados será feita na Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em entrevista ao Jornal Jovem Pan, o engenheiro ambiental Beto Mesquita, membro da Coalisão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, disse que as metas que vem sendo estabelecidas no evento são louváveis, mas que a preocupação é se o governo conseguirá traduzir tudo isso em politicas publicas que honrem os acordos.
“Implementando as áreas protegidas e protegendo e apoiando, especialmente os povos e comunidades tradicionais, povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos que vivem e que dependem da floresta para seu modo de vida, sua sobrevivência. O apoio a essas populações resulta em florestas mais protegidas e isso implica em redução do desmatamento e redução as emissões”, ressaltou. Nesta terça-feira, 2, um grupo formado por instituições financeiras e empresas do agronegócio firmou compromisso em investir USD 3 bilhões para a produção de soja e gado livre de desmatamento na América do Sul.
Fonte: Jovem Pan