Na Itália, Mario Draghi aceita pedido do presidente e vai tentar formar bloco de coalizão

Draghi é um burocrata de alta reputação entre os gabinetes europeus, mas não possui experiência na política eleitoral

Falar em crise política na Itália é quase uma redundância. Estabilidade é a exceção no tabuleiro do poder em Roma. O país tenta, no entanto, evitar mais uma eleição antecipada com a formação de um novo governo para enfrentar a pandemia. Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, aceitou o pedido do presidente italiano para estabelecer um gabinete de coalizão. Draghi é um burocrata de alta reputação entre os gabinetes europeus, mas não possui experiência na política eleitoral.

A missão entregue a ele inclui conseguir apoio suficiente entre os parlamentares italianos para evitar uma eleição em meio a pandemia. O presidente Sergio Mattarella acredita que uma consulta popular agora poderia causar incertezas significativas. E o momento não é para isso. Draghi conversa com as principais lideranças do país, mas o sucesso da missão depende do apoio de ao menos um dos partidos que tiveram forte ascensão na política italiana recentemente. De um lado está o Movimento Cinco Estrelas, que defendeu bandeiras anti-europeias.  Do outro a Liga, que é anti-imigração e levanta debates nacionalistas que são no mínimo controversos.


Fonte: Jovem Pan

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