‘Não há motivo para pânico’, diz pesquisadora sobre nova cepa do coronavírus no Brasil

Carolina Voloch explica as mutações são comuns e fazem parte do processo de diversidade dos organismo vivos

Em meio a novas restrições e descobertas no Reino Unido sobre uma nova cepa do coronavírus mais contagiada, pesquisadores brasileiros também identificaram uma nova linhagem no Rio de Janeiro. Segundo pesquisa divulgado nesta terça-feira, 22, a nova mutação surgiu em julho e foi detectada pela primeira vez em outubro. Mesmo com a descoberta, ainda não há “motivo para criar pânico”, avalia a professora do departamento de genética da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carolina Voloch. A cientista, uma das responsáveis pela identifcação, explica as mutações são comuns e fazem parte do processo de diversidade de todos os organismo vivos. “É um processo natural, essas mutações vão acumulando. Não necessariamente são boas ou ruins, elas podem ser benéficas para o vírus ou para nós, tornando a linhagem mais fácil para ser tratada, por exemplo. Nesse momento em que estamos agora, não tem motivo para criar um alarde, são sabemos se ela [nova cepa] é mais patogênia. Sabemos que tem uma nova linhagem circulante”, conta em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Carolina Voloch explica que a nova identificação aconteceu durante rotina de sequenciamento do genoma das amostras, coletadas a partir de testagem da população. Ela reforça que “não há motivo para criar pânico” e afirma que, até o momento, não há indícios que a mutação irá interferir nas vacinas contra a Covid-19. O importante e mais relevante disso tudo é termos o controle epdemiológico, fazer a vigilância para conhcer a diversidade dos vírus que estão circulando. Não há indícios que isso vai interferir nas vacinas que estão sendo desenvolvidas. O que chama atenção é que essas mutações atingem regiões importantes para o vírus”, explica.


Fonte: Jovem Pan

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