Após a ‘noite de terror’ em Criciúma, cidade do sul de Santa Catarina, o governador do estado Carlos Moisés defendeu a necessidade de uma atuação conjunta entre os estados para eficiência na segurança pública no Brasil. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 02, ele falou sobre a criação de um banco de dados de perfil genético unificado. “A gente entende que a segurança pública, como um todo, tem que começar a trabalhar em conjunto. Todos os estados com perfil genético. Nós já estamos fazendo isso [identificação genética], mas você tem 27 unidades da federação, 27 possibilidades de número de identidade, institutos de perícia distintos. Precisamos avançar com estados e cidades mais inteligentes para que possamos identificar o perfil desses criminosos e conseguir oferecer resistência.” Carlos Moisés afirmou que, considerando as especificidades do crime, o armamento pesado de uso restrito das Forças Armadas e o planejamento, não havia “qualquer condição de se oferecer resistência” ao episódio. A declaração reforça a posição apresentada pelo prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, à Jovem Pan nesta terça-feira, em que ele afirma que nem mesmo o Exército Brasileiro teria condições e preparação para enfrentar os assaltantes.
Para ambos, a ação dificilmente seria coibida se tivesse ocorrido em outros estados, o que reforça uma característica pontual do caso. “É uma ação pontual, não combina com o nosso estado, que tem índice de criminalidade em queda. Com relação a esse perfil de crime, diminuímos 54% o número de ocorrências do ano passado para esse ano. Obviamente que em outros delitos também. A criminalidade violenta está em queda em Santa Catarina, entendemos que esse crime não é planejado dentro do estado, ele é interestadual”, afirma. A ação em Criciúma, ocorrida nesta terça-feira, envolveu ao menos 30 criminosos e uso de 10 veículos. Estimativas apontam que R$ 40 milhões foram levados pelos assaltantes.
Fonte: Jovem Pan