Antivirais, antibióticos, esteroides ou até mesmo anticoagulantes. Nenhum desses medicamentos é eficiente para reduzir danos de uma virose agressiva, grave e até fatal em quadros leves de Covid-19. A conclusão consta no novo documento divulgado pela Associação Médica Brasileira (AMB), feito em conjunto com as Sociedades Brasileiras de Infectologia e de Pneumologia. A análise faz parte do Projeto Diretrizes, que tenta combinar informações da área médica para padronizar as condutas, auxiliando o raciocínio e a tomada de decisões na linha de frente do combate à doença. De acordo com o coordenador do grupo de Medicina Baseada em Evidências da AMB, Wanderley Marques, a orientação é o monitoramento e hospitalização no momento apropriado para os pacientes com a doença.
“O problema do paciente que se agrava é que ele ir para o paciente em uma fase muito avançada da doença. O problema dele usar medicações que, teoricamente, diminuiriam, reduziriam, melhorariam, é que muitas vezes ele fica esperando essa medicação agir e ele se agrava. Então o monitoramento é fundamental”, pontuou, reforçando que o mesmo entendimento vale para o uso de medicamentos sem eficácia em pessoas saudáveis. Segundo ele, o tratamento precoce contra a Covid-19 não faz nenhum sentido. “Ele não faz mal, mas bem também não faz. Então esse tipo de premissa ela é inadequada. É claro que fazer uso de medicação [pode trazer efeitos adversos], posso te falar de um efeito adverso simples: a alergia, os quadros alérgicos. Então não precisamos pensar em coisas graves”, disse.
Fonte: Jovem Pan