O atacante Neymar, através de sua assessoria de imprensa, se manifestou sobre as acusações envolvendo a Nike, que alega ter rompido o contrato multimilionário com o jogador em 2020 depois um relato de uma funcionária, que alegou ter sido assediada sexualmente pelo craque — de acordo com a empresa norte-americana, o brasileiro não teria colaborado com a investigação do caso, supostamente acontecido em 2016. Na manhã desta sexta-feira, 28, em nota oficial, a equipe de comunicação do astro do Paris Saint-Germain alega que não dará mais detalhes sobre o caso porque o atleta “nunca foi processado pela mulher”. Além disso, o comunicado chama as afirmações de “inverdades” e promete que “as medidas cabíveis já estão sendo adotadas e em breve os reais motivos poderão ser revelados e os fatos esclarecidos.”
No Instagram, Neymar replicou a nota da assessoria e disse ter sido traído pela Nike. “Eu realmente não entendo como uma empresa séria pode distorcer uma relação comercial que está apoiada em documentos. As palavras escritas não podem ser modificadas. Elas sim são muito claras. Não deixam dúvidas! Em 2017 viajei novamente para os EUA para campanha publicitária, com as mesmas pessoas, nada me contaram, nada mudou! Um assunto com tamanha gravidade e nada fizeram. Quem são os verdadeiros responsáveis? Não me deram a oportunidade de me defender. Não me deram a oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido. Até quando? Ironia do destino, continuarei a estampar no meu peito uma marca que me traiu. Essa é a vida! Sigo firme e forte acreditando que o tempo, sempre esse cruel tempo, trará as verdadeiras respostas. Fé em Deus!”, escreveu.
De acordo com documentos obtidos pelo WSJ, a funcionária relatou a amigos em 2016 que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em seu quarto de hotel enquanto estava na cidade de Nova York, onde ela ajudava a coordenar eventos e logística para ele e sua comitiva. A reclamação chegou à Nike em 2018 para o chefe de recursos humanos e o conselho geral da empresa. Logo após romper com a empresa norte-americana, Neymar fechou com a Puma. Ex-agente do jogador, Wagner Ribeiro saiu em defesa do astro também na manhã de hoje. “A Nike não queria mais o Neymar. A Nike não tinha dinheiro para romper o contrato. A Nike pede para uma garota inventar o assédio sexual de Neymar. Depois de 5 anos a Nike completa a estratégia e conta a história”, comentou em seu Instagram.
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Confira a nota completa abaixo:
Considerando a notícia veiculada na mídia que revela a existência de uma acusação de uma funcionária da Nike de um suposto assédio que teria sofrido em 2016 do Atleta Neymar Jr., oportunamente relatada para a Companhia, que, segundo a reportagem, não adotou providências oportunas, são necessários alguns esclarecimentos.
Transcrevemos inicialmente as informações prestadas à reportagem do Wall Street Jornal:
“Neymar Jr nega essas acusações. Semelhante às alegações de agressão sexual feitas contra ele em 2019 – alegações em que as autoridades brasileiras reconheceram a sua inocência – essas alegações são falsas. Neymar Jr, se for acionado, o que nunca aconteceu, se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados. Neymar Jr e Nike encerraram o relacionamento por motivos comerciais, o que vinha sendo discutido desde 2019, nada relacionado a esses fatos noticiados. É muito estranho um caso que supostamente teria acontecido em 2016, com alegações de um funcionário da Nike, venha à tona somente nesse momento.”
Em relação às acusações não há nada a acrescentar porque o Atleta Neymar, ao longo desses cinco anos, nunca foi diretamente acusado e processado pela funcionária da Nike.
Em relação às declarações da Nike, prestadas de forma indevida e irresponsável pela Conselheira Geral da Companhia Hilary Krane, sobre o suposto motivo de rompimento do contrato com o Atleta Neymar Jr., é importante esclarecer que os reais e verdadeiros fatos são totalmente dissociados da afirmação prestada.
Não obstante todas as inverdades relatadas, não apresentaremos, por ora, os documentos que revelam a forma de encerramento do contrato, por questões óbvias de estrito sigilo e confidencialidade, em total observância aos princípios éticos e de governança corporativa que devem nortear a conduta de uma companhia.
As medidas cabíveis já estão sendo adotadas e em breve os reais motivos poderão ser revelados e os fatos esclarecidos.
Fonte: Jovem Pan