Determinados a saber quais pessoas estavam mais suscetíveis às infecções por Covid-19 ainda no começo da pandemia, cientistas se questionaram se os tipos sanguíneos podem ter alguma relação com maior ou menor vulnerabilidade das pessoas ao novo coronavírus. Os estudos, em sua maioria preliminares, já analisaram em larga escala populações da China, Estados Unidos e Europa, mas, segundo a Universidade de Harvard, “têm frequentemente trazido mais dúvidas do que respostas conclusivas” aos pesquisadores. Com pouco mais de um ano, milhões de infectados e de mortos, o Sars-Cov-2 ainda é uma incógnita científica para os hematologistas. Confira algumas dúvidas sobre a relação entre o tipo sanguíneo e as infecções pela Covid-19.
Os sintomas da Covid-19 podem ser mais graves para algum tipo sanguíneo?
Apesar de indícios de que a doença pode ser mais “compatível” com certos tipos sanguíneos, não há indicações concretas de que ela possa ser mais fatal para um determinado tipo de pessoa. “Um estudo de Harvard do ano passado não encontrou nenhuma associação entre o tipo sanguíneo e a severidade da doença. Isso quer dizer que não ficou provada uma relação direta entre o meu tipo de sangue e se eu vou ter uma Covid leve, moderada ou grave”, explica o diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marco Antonio Cyrillo. Apesar do estudo de Harvard não encontrar ligações, uma outra pesquisa feita com pouco menos de dois mil pacientes de hospitais da Espanha e Itália, e publicada no New England Journal of Medicine ainda em 2020, deu sinais de que pacientes do tipo A teriam mais possibilidade de quadros de insuficiência respiratória após a contaminação, e pacientes do tipo O teriam menos. Ainda assim, todos os tipos sanguíneos do mundo estão suscetíveis a se contaminar e as medidas de prevenção devem ser adotadas.
Fonte: Jovem Pan