Ao anunciar nesta segunda-feira, 21, sua intenção de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos (PSOL) lançou uma espécie de desafio ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em uma série de publicações no Twitter, Boulos disse que quer “ajudar a construir uma grande bancada de esquerda no Congresso”, “ajudar o PSOL não apenas a superar a cláusula de barreira, mas a ampliar sua bancada no Congresso” e, ainda, “derrotar Eduardo Bolsonaro”. “Não podemos deixar que seja de novo o deputado mais votado. SP precisa dar outra mensagem: derrotar Bolsonaro na presidência e seu filho na Câmara dos Deputados”, escreveu. Aliados de Boulos apostam em sua candidatura e acreditam que o líder do MTST, que chegou ao segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, deve ser um dos principais puxadores de voto no pleito de outubro deste ano. Na eleição de 2018, o filho do presidente Jair Bolsonaro obteve mais de 1,8 milhão de votos e se tornou o deputado federal mais votado da história do país. Na tarde desta terça-feira, 22, o filho Zero Três do mandatário do país rebateu o futuro adversário político.
“Não priorizo votos, mas sim o Brasil: reeleger o presidente Bolsonaro, aumentar base parlamentar conservadora e combater terroristas vagabundos. Sou policial e não debato com invasores da propriedade alheia, sanguessugas que defendem drogas, exploram miseráveis e lucram com bens roubados”, escreveu Eduardo Bolsonaro em seu perfil no Twitter. Também nesta terça-feira, em conversa com a reportagem da Jovem Pan, um assessor do parlamentar disse que o filho mais novo de Bolsonaro não quer tratar a eleição “como uma gincana”. Depois da resposta de Eduardo, Boulos voltou ao Twitter para a tréplica: “São sempre assim: machões de Internet e covardes na hora do debate cara a cara. O pai já fugiu em 2018, o irmão desmaiou. Não esperava outra coisa de você, Bananinha! Mas reafirmo o desafio: Debato com você quando e onde quiser. Pode até ser no Vivendas da Barra”. Como se vê, a campanha nem começou e os ânimos da classe política já estão exaltados.