No bairro Campo Belo, em uma região nobre da cidade São Paulo, os moradores enfrentam há anos o mesmo problema: alagamentos. Para tentar solucionar o problema na rua João de Leri, a prefeitura da cidade colocou grades para realizar o escoamento das águas para um rio próximo. Entretanto, a solução não funciona bem já que muita água continua alagando a região quando chove. Marcelo, que é morador da rua, critica a situação do local. “A situação é triste mesmo. Estou aqui há 57 anos e, a questão da água, tentaram resolver de várias formas, mas não conseguiram. Puseram essas grade, fizeram a saída para dentro do rio, deu uma melhorada, mas o estado que estão grades, sem manutenção, sendo depredadas, e do jeito que a situação está, deixa de funcionar. E vários carros já estão caindo direto aí. Então, infelizmente a situação aqui é bem crítica mesmo”, relata.
O vandalismo na região também é um problema. Bandidos vem depredando as grades, dificultando ainda mais o funcionamento delas. Outra moradora da rua, Rose, fala sobre os problemas que motoristas enfrentam no local, mesmo quando não há alagamentos. “Essa situação tem mais de ano e, diariamente, existem carros aqui com os pneus totalmente danificados. E, além disso, quando a gente vem [de carro], a iluminação é precária nessa região, e conforme a coisa foi se deteriorando, a gente tem que diminuir a velocidade, o que também a gente fica muito desconfortável e inseguro. A gente tem que quase parar [o carro] para passar aqui”, afirma a moradora.
Ela ainda relata que carros grandes precisam passar pela calçada para evitar acidentes em cima das grades da prefeitura. Segundo a moradora, vários vizinhos já entraram em contato com a prefeitura e registraram queixas com protocolos, mas a gestão municipal não resolve o problema. “Está cada vez pior, não dá mais para passar. A pessoa que tenta passar aqui está se arriscando, arriscando a tomar um prejuízo, carros grandes tem que passar pela calçada arriscando atropelar um pedestre e também colocando a própria segurança em risco (…) O que a gente ouve é que a prefeitura vem, analisa, mas não toma nenhuma ação. Chegou num ponto que está insustentável”, finaliza.
*Com informações do repórter Vinícius Rangel