Ocupação de UTI para Covid-19 em hospitais privados de SP chega a 84%

No último levantamento, feito entre 16 e 29 de novembro, 44,5% dos hospitais responderam que tiveram aumento das internações por coronavírus

As internações pela Covid-19 aumentaram em 79% dos hospitais privados de São Paulo nos últimos 15 dias, segundo um levantamento realizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp). Atualmente, a ocupação média dos leitos de UTI destinados aos pacientes com o coronavírus é de 84%. Ou seja, 40% dos leitos de UTI disponíveis estão sendo destinados para atendimento à Covid-19. A pesquisa do SindHosp apontou, também, que 67% desses hospitais declararam ter capacidade de aumentar o número de leitos, caso necessário. No último levantamento, feito entre 16 e 29 de novembro, 44,5% dos hospitais haviam respondido que tiveram aumento das internações pelo novo coronavírus,

Segundo Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, o resultado acende um sinal de alerta. Além disso, ele avalia que faltou o papel do poder público na contenção da pandemia. “Aglomerações estão acontecendo e nada é feito. Os governos têm poder para coibir abusos e não deixar a doença evoluir. Com o aumento das internações nas últimas semanas, o efeito negativo acaba recaindo sobre os hospitais”, destaca. Ele sugere, ainda, que os governos reabram hospitais de campanha e ofereçam mais leitos públicos para atendimento da Covid-19. No total, cerca de 20% (76 hospitais privados) participaram da pesquisa, que abrangeu todos os 17 Departamentos Regionais de Saúde do Estado de São Paulo.

O estudo apurou ainda que 65% das instituições estão mantendo a agenda de cirurgias e atendimentos eletivos. “A manutenção de cirurgias e atendimentos eletivos indica que, por enquanto, é possível manter com cautela essa assistência. Os hospitais têm fluxos distintos e seguros para atendimento de pacientes Covid e não Covid. Além disso, os hospitais responderam que podem ampliar leitos para enfrentar a pandemia, se necessário. O adiamento de cirurgias e atendimentos médicos eletivos traz grandes consequências no agravamento de doenças, especialmente as crônicas como câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas, e pode contribuir para o aumento de mortes”, destaca o presidente do SindHosp. De acordo com ele, é importante que a população siga protocolos de segurança, como o uso de máscaras, lavar constantemente as mãos e manter o distanciamento social.


Fonte: Jovem Pan

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