O Streptococcus B, uma bactéria que as grávidas podem transmitir aos seus bebês, causa cerca de 150 mil mortes de recém-nascidos por ano, número que pode ser reduzido se houver estímulo à pesquisa de vacinas após 30 anos de estagnação, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira, 2. Um novo relatório, que pela primeira vez mostra o impacto global desta bactéria, elaborado pela OMS junto à Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM, na sigla em inglês), também lembra que o micro-organismo causa meio milhão de partos prematuros por ano. Além disso, pode causar deficiências a longo prazo, como paralisia cerebral, perda visual ou auditiva em crianças.
Diante dos números elevados, o relatório da OMS pede que a comunidade científica desenvolva vacinas maternas contra este tipo de bactérias para reduzir a mortalidade. “O Streptococcus B é uma ameaça grave e até agora pouco conhecida à sobrevivência e ao bem-estar dos recém-nascidos, com efeitos devastadores para muitas famílias em todo o mundo”, disse Phillipp Lambach, médico-chefe do departamento de imunização e vacinas da OMS.
Várias pesquisas de vacinas contra as bactérias já foram iniciadas, mas, de acordo com a OMS, ainda não conseguiram trazer os medicamentos para o mercado após décadas de estudo.
Fonte: Jovem Pan