O ministro da Economia, Paulo Guedes, analisou nesta segunda-feira, 5, que os impasses em torno do Orçamento devem ser solucionados ‘bem antes’ de 22 de abril. “Os acordos sobre o Orçamento já tinham sido acertados, mas encontramos o problema na execução. Isso já está sendo corrigido. Nós temos o prazo formal até o dia 22, mas deve acontecer bem antes disso devido à vontade de todos os envolvidos”, disse durante participação em uma live realizada pelo InfoMoney. O Orçamento 2021, aprovado em 25 de março pelo Congresso, tem sido alvo de polêmicas por transferir R$ 26,45 bilhões das despesas obrigatórias – originalmente vinculadas à previdência, abono salarial e seguro-desemprego, para as emendas parlamentares. Segundo o Tesouro, a alteração foi realizada “sem justificativa técnica”. Além disso, o valor total a ser gasto com as despesas obrigatórias é muito alto, o que força cortes em outras áreas.
Apesar das dificuldades, Guedes reiterou que não há um desentendimento entre o Congresso Nacional e a área econômica do governo. “Há uma expressiva boa vontade do relator-geral, o senador Márcio Bittar, da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e dos presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Não trata-se de um conflito, mas de um time que nunca jogou junto e está começando a colocar de pé um Orçamento. Não há briga, há apenas um problema de elaboração deste Orçamento.” Para o ministro, os impasses serão resolvidos de uma forma “juridicamente perfeita e politicamente satisfatória”.
Segundo ele, o atual cenário econômico brasileiro deve alavancar com o trabalho de um parlamento que “joga junto” com o Poder Executivo. “Depois de duas eleições, as de 2018 e 2020, os partidos de centro-direita aumentaram a representatividade no Congresso. Com isso, observamos um parlamento reformista e uma aliança da centro-direita que indica disposição para disparar as reformas que trarão novas ondas de investimento para o Brasil”, concluiu.
Fonte: Jovem Pan