Oscar 2021 bate recorde de diversidade e atores negros e mulheres ganham destaque

Chadwick Boseman, morto por um câncer ano passado, em A Voz Suprema do Blues

O Oscar 2021, que acontece neste domingo, 25, nos Estados Unidos, traz uma marca que pode ser considerada histórica. A maior premiação do cinema mundial já foi criticada por indicar apenas artistas brancos. Em 2015, uma hashtag foi viralizada: tratava-se de #OscarSoWhite (e português, o Oscar é tão branco). Neste ano, no entanto, há um cenário diferente. Atores negros e mulheres ganharam destaque na disputa de 2021, batendo o recorde de diversidade. A cineasta chinesa Chloé Zhao pode ser a primeira mulher asiática a receber o prêmio de Melhor Diretora, por Nomadland. Se vencer, pensando apenas em gênero, Chloé seria a segunda mulher a vencer a categoria em 92 anos de premiação. A cineasta ainda concorrerá com Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição.

Outro destaque está a cargo da atriz e escritora britânica Emerald Fennell, indicada para Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original por Bela Vingança. No trabalho de equipe, vale ressaltar a trajetória dos produtores Shaka King, Charles D. King e Ryan Coogler, do filme Judas e o Messias Negro. Se vencerem, será a primeira equipe de produção negra a conquistar a faturar a estatueta de Melhor Filme. O Oscar 2021 também será marcado por Riz Ahmed. De modo inédito, um ator muçulmano concorre como Melhor Ator por O Som do Silêncio.

É importante registrar, com destaque, outros concorrentes ao posto de melhores atores e atrizes: Chadwick Boseman, morto por um câncer ano passado, e Viola Davis por A Voz Suprema do Blues; Daniel Kaluuya por Judas e o Messias Negro; e a sul-coreana Youn Yuh-Jung de Minari. Todas essas questões foram encabeçadas pela academia, que organiza o Oscar, para poder refletir melhor a sociedade. Em 2016, seus seis mil membros eram compostos por 93% de pessoas brancas e 76% de homens, com idade média de 63 anos. Ano passado, o número de mulheres chegou a 33% — além de 19% de membros de “minorias sub-representadas”, como explica a própria academia.


Fonte: Jovem Pan

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